O VERDADEIRO AIKIDO É
RECONHECIDO OFICIALMENTE



Retornar a pagina principal

A simplicidade é o melhor caminho para Deus
Lucélio Tadeu De Biasi
Data do evento: 09/11/19
 
A simplicidade é o melhor caminho para Deus

Todas as artes servem para o Homem exteriorizar concretamente seus pensamentos, seus desejos, sua vocação e inclinação, sua personalidade de forma bem autêntica. E nesse aspecto o Aikido tem uma função bem interessante, pois é a arte nos dando oportunidade de colocar em prática alguns conceitos e ensinamentos, através dos seus 14 lemas, dos quais destaco o 1-Manter a disciplina, o 11-Ser humilde, 13-Conscientizar-se que o Aikido é um dos caminhos que levam a Deus, e 14- Conscientizar-se que o Aikido tem por princípio o autoconhecimento. Esses são pra mim os mais simpáticos, no sentido de que o sistema nervoso simpático é o responsável por nos deixar alertas.
Isso me remete ao evangelho de Matheus onde diz: “Ouvistes o que foi dito: olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistas ao mal. E se alguém te bater na face direita, oferece-lhe a outra face”. No Aikido, que é o caminho da harmonização do espírito, a filosofia é esta. Quando se é agredido não reaja com agressão, não resista à agressão, não vá de encontro à agressão, mostre o outro lado. Mostre que sem agressividade se consegue o objetivo e de forma educativa. E para isso temos que trabalhar no desenvolvimento do ki, uma energia que nos foge ao entendimento racional, por ainda não termos capacidade intelectual de defini-lo. Sabemos que ele existe, já o sentimos algumas vezes, mas não conseguimos defini-lo. Faltam-nos palavras para isso. Ele está em tudo e em todos, e tudo e todos estão nele. No ki não se acredita, se sente. Então acredito que, por sermos constituídos dessa energia cósmica divina, que é o KI, a única coisa perecível é o nosso corpo que é animado por ela. A nossa essência, que é o “Ki personalizado/individual” é perene.
Várias artes marciais propõe o DO, o caminho da iluminação espiritual. E enquanto em algumas este caminho é feito através da força e da violência, a proposta do Aikido é que ele seja trilhado com amor, generosidade e fraternidade, em harmonia com o universo, pois o universo é um ato de amor divino. E a única força que devemos ter, é a força de vontade de nos melhoramos. A única competição, a única batalha é com nós mesmos, procurando nos superar a cada dia, a cada treino. A marcialidade que devemos ter é contra nossos defeitos, nossas precariedades, para que a nossa evolução física e principalmente moral possam ser aceleradas. Para que o Homem novo ou um novo Homem, com mais sabedoria, tome lugar do velho Homem com fraquezas morais. Orgulhoso, vaidoso, rancoroso, com vícios físicos e morais e sempre apegado a picuinhas. Este é o caminho que mostra que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus.
No Aikido aprendemos a nos doar, porque às vezes somos protagonistas das técnicas, o Nague, outras vezes somos coadjuvantes, o Uke. E é principalmente neste momento em que somos Uke, que temos a oportunidade de trabalhar nosso ego, o grande vilão da nossa personalidade, porque temos que nos doar por completo, sermos autênticos no ataque. Como o Sidão (nosso professor show man), dizia “ser Uke é um verdadeiro ato de amor. Porque, mesmo sabendo que vamos apanhar entregamos nosso corpo, para que o Nague possa praticar a técnica, e assim se desenvolver”. Não que o Uke não se desenvolva também. Como dizem os mestres, para ser um bom Nague, antes é preciso ser um bom Uke. Temos que aprender a cair e a aprender a levantar rapidamente e estar preparado para a próxima queda. A vida pede este dinamismo. Cair, levantar, cair e levantar constantemente e cada queda nos mostrando falhas que deverão ser corrigidas para que a próxima queda seja menos dolorosa. Até chegarmos ao ponto de sentirmos tanto ou mais prazer em receber a técnica (Uke) do que fazer a técnica (Nague). “Em apanhar do que bater”. Isto me lembra uma grande frase, que diz “fico muito triste quando me ofendem, mas ficaria mais triste se eu fosse o ofensor”. Alguém que pratica esta arte de forma egoísta, se contentando só com o desenvolvimento físico e consequentemente desenvolvendo a vaidade, mais cedo ou mais tarde ela perceberá influenciados pelos demais, que está equivocada. Ao contrário do ditado, a laranja estragada ficará sadia em contato com as laranjas boas. Como Deus nos criou para a felicidade, e pelas nossas mazelas nos desviamos dele, o Aikido nos recoloca neste caminho, através da disciplina, da humildade e do autoconhecimento.




Agradecimentos que são tão importantes quanto à tese.
Agradeço à Sumiko e a Roberta pela disposição na organização dos eventos.
Agradeço à todos os faixas brancas e coloridas, principalmente aos que participam do Sempai / Kohai, onde tenho a oportunidade de aprender também.
Especialmente ao Pedro que nas últimas semanas me ajudou nos treinos de ushiro otoshi ukemi.
Ao Tetsuo pelo exemplo de determinação.
À todos os faixas pretas.
Aos que não estão no cotidiano do dojo, mas que tiveram participação na minha formação, Ademar, Sidão e Miura.
Ao grupo de armas das Quartas feiras: Camilo, Marcelo, Tiago, Cris, e os professores Claudinies, Ale Borges e Matsuda.
Ao grupo de nidans Ednei, Amauri, Fabi, Consani e Waldir.
Aos Sempais Roberto Gomide e Rogerio.
À professora Satie pelo carinho de sempre.
Agradeço aos professores Edgar e Alexandre pelas cobranças, pelas orientações e pela dedicação.
Agradeço ao sensei Eiiji Kikuchi, que me deu a oportunidade de conhecer o Aikido, e ao nosso shiran, sensei Wagner Bull, que me dá a oportunidade de continuar praticando.
Domo arigato gosamaishita.




Voltar


Para contatos, adesões ou solicitação de exames, contatar
Confederação Brasileira de Aikido - Brazil Aikikai
São Paulo - SP
Fone: (11) 2577-5069
 secretaria.brazil@aikikai.com.br